
O cientista político e professor Heni Ozi Cukier, conhecido como Professor HOC, comentou em vídeo recente o ataque dos Estados Unidos às instalações nucleares do Irã. Para ele, o mundo vive uma escalada militar real e preocupante, mas ainda não se pode afirmar que estamos às portas de uma Terceira Guerra Mundial.
Na análise, HOC explica que os EUA utilizaram bombardeiros stealth e mísseis de longo alcance para atingir três centros nucleares iranianos: Fordow, Natanz e Isfahan — alvos estratégicos do programa de enriquecimento de urânio do país. A operação, segundo o governo americano, teve como objetivo conter o avanço nuclear do Irã e enviar uma mensagem clara de força, especialmente após recentes ataques iranianos a bases norte-americanas e ao território israelense.
Apesar da gravidade do ataque, o professor pondera que o conflito, até o momento, permanece dentro dos limites de um confronto regionalizado. “Existe uma clara escalada, mas ela ainda está contida. Para falarmos em Terceira Guerra Mundial, seria necessário o envolvimento direto de outras potências como China e Rússia, ou uma retaliação em larga escala por parte do Irã”, afirmou.
Entre os fatores que poderiam acender um alerta global, HOC cita a possibilidade de o Irã fechar o Estreito de Ormuz, rota crucial para o escoamento de petróleo, ou realizar ataques diretos a bases americanas. Também destaca que o envolvimento de potências militares externas — como a Rússia ou a China — poderia transformar o conflito em algo muito maior.
Mesmo assim, o professor acredita que o cenário atual, embora tenso, não caminha automaticamente para uma guerra mundial. Segundo ele, os grandes atores globais têm consciência dos impactos econômicos, políticos e humanos de um conflito desse porte e, por isso, estão agindo com cautela.
“O risco é real, mas ainda é considerado remoto. No entanto, qualquer erro de cálculo, retaliação desproporcional ou provocação fora de controle pode mudar o quadro em poucas horas”, alertou.
Ao final da análise, HOC reforça a importância de acompanhar com atenção os próximos movimentos do Irã, de aliados como Israel e dos posicionamentos de Rússia, China e da OTAN. Segundo ele, esses fatores serão determinantes para entender se o mundo se manterá na diplomacia ou avançará para uma nova fase do conflito.
Em um momento de tensão internacional crescente, a leitura equilibrada e técnica do professor ganha destaque como um alerta para os riscos que o mundo enfrenta — e a importância da contenção para evitar tragédias maiores.
Fonte: Redação CN