O prefeito de Cosmópolis, Junior Felisbino (PSD), foi vítima de comentários racistas publicados em um vídeo nas redes sociais por Izabel Cristina Gagliardi. No conteúdo, a mulher dirige críticas à administração municipal e utiliza a palavra “negro” de forma pejorativa, gerando ampla repercussão na cidade e em veículos de comunicação da região.

O incidente aconteceu na última terça-feira (24), durante o registro de uma obra realizada pelo Departamento de Água e Esgoto (DAE) no centro da cidade, quando equipes trabalhavam para consertar um vazamento. Após a publicação do vídeo, o prefeito registrou boletim de ocorrência na polícia para que o caso seja investigado sob a ótica do crime de racismo, previsto na legislação brasileira como inafiançável e imprescritível.

Em resposta ao ocorrido, a autora do vídeo divulgou um pedido público de desculpas na quarta-feira (25), alegando que não teve a intenção de ofender pessoalmente o prefeito, mas sim criticar a atuação dos funcionários da prefeitura na obra. Ela destacou ainda que mencionou a cor do prefeito para enfatizar que ele é o primeiro negro a ocupar o cargo na história do município. Mesmo assim, a repercussão do conteúdo foi negativa, sendo considerada uma manifestação discriminatória.

A prefeitura de Cosmópolis confirmou que acionou um advogado para acompanhar o processo e que tomará todas as providências judiciais necessárias para combater o racismo. O caso reforça a importância da luta contra qualquer forma de preconceito racial e ressalta que atitudes desse tipo são crime e podem resultar em penalidades severas.

Organizações de direitos humanos e ativistas da região também se posicionaram em apoio ao prefeito Junior Felisbino, destacando que ataques racistas não devem ser tolerados e que é fundamental fortalecer a cultura de respeito e inclusão em todas as esferas da sociedade.

O episódio reacende o debate sobre o combate ao racismo no Brasil e a necessidade de conscientização para a construção de ambientes mais justos e igualitários, inclusive em municípios do interior paulista.

Fonte: Redação CN