
A morte da publicitária Juliana Marins, de 26 anos, durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, reacendeu a preocupação com a segurança de brasileiros em viagens de aventura. Após quatro dias de buscas, o corpo da jovem foi localizado em uma encosta íngreme, após uma queda de aproximadamente 300 metros. O terreno acidentado e a forte neblina dificultaram o resgate, que só pôde ser concluído por via terrestre.
Juliana estava viajando sozinha e fazia uma trilha em uma das montanhas mais altas da Indonésia quando desapareceu. Apesar de ter sido avistada ainda com vida por drones, as condições climáticas e a complexidade da área impediram a chegada imediata das equipes de resgate.
Diante do ocorrido, o Itamaraty informou que avalia mudanças nas recomendações oficiais feitas a turistas brasileiros que viajam ao exterior, especialmente para locais que envolvem riscos naturais. Entre os pontos em análise estão o reforço das orientações sobre equipamentos de segurança, a contratação de guias locais credenciados e a escolha de operadoras de turismo com estrutura adequada.
A morte de Juliana causou comoção nacional e críticas à lentidão e à falta de recursos do resgate. Familiares da jovem destacaram que o local não oferecia suporte básico para uma operação eficaz, o que pode ter comprometido as chances de salvamento. Autoridades brasileiras que acompanharam o caso informaram que novos protocolos serão estudados para garantir respostas mais rápidas e eficientes em situações de emergência.
O governo também esclareceu que os custos de traslado de corpos não são cobertos por órgãos públicos e que, neste caso, a família recebeu apoio de autoridades locais para a liberação e transporte de Juliana ao Brasil.
O episódio reacende o debate sobre os limites da atuação consular em viagens de risco e levanta a necessidade de maior conscientização dos viajantes. O Itamaraty deve apresentar, nos próximos meses, novas diretrizes voltadas a quem busca roteiros de aventura fora do país, com o objetivo de prevenir tragédias semelhantes.
Fonte: Redação CN