
Nas últimas semanas, o mundo tem assistido à escalada mais grave do confronto entre Irã e Israel nas últimas décadas. O conflito, que antes se mantinha em um campo mais indireto e diplomático, agora se transformou em ataques militares diretos entre os dois países, gerando temor internacional de uma guerra em larga escala no Oriente Médio.
Ataque inédito do Irã
O Irã iniciou a ofensiva com uma série de ataques batizados de “Operação Promessa Verdadeira III”, lançando centenas de mísseis e drones contra o território israelense. As investidas, que duraram dias, chegaram a atingir grandes centros urbanos como Tel Aviv, Haifa e Jerusalém. A maior parte dos ataques foi interceptada pelo sistema de defesa israelense, mas ainda assim causaram destruição, incêndios e deixaram ao menos 24 mortos.
Segundo o governo iraniano, o objetivo era enfraquecer a capacidade defensiva de Israel e enviar uma mensagem de força, após anos de tensões envolvendo acusações de sabotagens e assassinatos de figuras ligadas ao programa nuclear iraniano.
Resposta imediata de Israel
Israel respondeu com bombardeios aéreos de grande escala, atingindo diretamente alvos estratégicos no Irã. Entre os locais atingidos estão instalações nucleares, centros de produção de mísseis e bases militares. Dentre os mortos confirmados estão generais de alto escalão do regime iraniano. A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) confirmou que estruturas de enriquecimento de urânio também foram atingidas nos ataques.
O governo israelense afirmou que os bombardeios têm como objetivo “garantir a segurança nacional e impedir que o Irã desenvolva armas nucleares”. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu declarou que Israel tem controle sobre o espaço aéreo iraniano e que “não medirá esforços para neutralizar ameaças existenciais”.
Alerta global
A ofensiva direta entre os dois países causou forte repercussão internacional. A ONU, União Europeia e a AIEA fizeram apelos por cessar-fogo imediato e retorno às vias diplomáticas. China e Rússia expressaram preocupação com os riscos de expansão do conflito, enquanto os Estados Unidos, que inicialmente se mantiveram neutros, começaram a mover ativos militares para a região.
O ex-presidente Donald Trump, que tem atuado nos bastidores políticos, chegou a afirmar que um novo acordo nuclear com o Irã "ainda é possível", mas alertou que “o tempo está se esgotando”.
Consequências já são sentidas
O conflito já provoca impacto na economia global. O preço do petróleo subiu mais de 10% desde o início das hostilidades, e os mercados financeiros têm operado com alta volatilidade. Analistas alertam para o risco de alastramento do conflito para países vizinhos e grupos aliados, como o Hezbollah no Líbano e milícias apoiadas pelo Irã no Iraque e na Síria.
Cenário ainda é incerto
Com centenas de mortos, danos em infraestruturas críticas e tensão máxima entre duas das principais potências militares do Oriente Médio, o cenário é de grande instabilidade. Líderes mundiais pedem moderação, mas até o momento não há sinal de trégua entre Irã e Israel.
Fonte: Redação CN