
Após quase duas semanas de confrontos intensos, Irã e Israel anunciaram um cessar-fogo temporário, em meio à crescente pressão internacional por uma solução diplomática. A trégua foi comunicada publicamente pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que atuou como um dos mediadores, ao lado do Catar.
O acordo prevê uma pausa gradual nas hostilidades, iniciando com uma suspensão dos ataques iranianos por 12 horas, seguida por mais 12 horas de trégua por parte de Israel. Ao fim desse período de 24 horas, ambas as nações devem oficializar o fim das operações militares.
Durante o anúncio, Trump declarou: “É um cessar-fogo completo e total. Um grande avanço para a paz no Oriente Médio. Poderia ter sido uma guerra longa e destrutiva, mas agora temos uma chance real de encerrá-la de forma inteligente”. Ele ainda elogiou as duas partes por terem, segundo ele, demonstrado “coragem e inteligência”.
A crise foi desencadeada após ataques coordenados a instalações nucleares no Irã, atribuídos a Israel com apoio militar norte-americano. Em resposta, o Irã disparou mísseis contra alvos israelenses e bases americanas no Oriente Médio, elevando o temor de uma escalada regional com possíveis repercussões globais.
Apesar do anúncio do cessar-fogo, a trégua já enfrenta instabilidades. Israel acusa o Irã de ter violado o acordo logo após o início da pausa, com o lançamento de mísseis que teriam atingido a cidade de Be’er Sheva e provocado vítimas civis. O governo iraniano nega qualquer ataque após o início da trégua.
Em retaliação, Israel realizou novos bombardeios contra plataformas de lançamento em território iraniano e declarou que responderá com força a qualquer nova violação do acordo. Com isso, cresce a apreensão sobre a sustentabilidade do cessar-fogo.
A comunidade internacional reagiu com cautela ao anúncio, destacando a ausência de uma confirmação formal conjunta dos dois governos. Enquanto mercados financeiros e preços do petróleo apresentaram sinais de alívio com a possível trégua, especialistas alertam que qualquer novo incidente poderá reacender o conflito.
Por enquanto, o cessar-fogo entre Irã e Israel representa uma chance de descompressão em uma das regiões mais instáveis do mundo. No entanto, o cenário ainda é volátil e exige vigilância, diálogo e compromisso real das partes para que a paz se torne duradoura.
Fonte: Redação CN