
A família de Juliana Marins, de 26 anos, confirmou nesta terça-feira (24) que a publicitária foi encontrada morta nas encostas do vulcão Rinjani, na ilha de Lombok, na Indonésia. Ela havia despencado cerca de 300 metros durante uma trilha e permaneceu desaparecida por mais de 80 horas, sem comida, água ou roupas adequadas.
As buscas pela brasileira já duravam dois dias quando a notícia foi confirmada. Diante da dificuldade em localizar Juliana, familiares criaram uma página no Instagram, @resgatejulianamarins, para divulgar informações, pedir apoio e mobilizar ajuda internacional.
O resgate foi dificultado pelas condições meteorológicas adversas, que impediram que helicópteros e equipes chegassem até ela a tempo. O corpo foi localizado após dias de buscas. A família usou as redes sociais para comunicar o falecimento: “Com imensa tristeza, informamos que ela não resistiu. Seguimos muito gratos por todas as orações, mensagens de carinho e apoio que temos recebido.”
Juliana, moradora de Niterói (RJ), estava viajando sozinha pela Ásia desde fevereiro. Compartilhava em suas redes sociais registros de experiências em países como Tailândia, Filipinas e Vietnã. Em uma de suas últimas postagens, declarou: “Nunca me senti tão viva.”
O acidente ocorreu quando ela escorregou em uma trilha no Monte Rinjani e caiu cerca de 650 metros por um declive íngreme. Sem equipamentos de proteção, abrigo ou suprimentos, sua sobrevivência tornou-se ainda mais difícil. A topografia do terreno, aliada à neblina e aos riscos de deslizamentos, dificultou o trabalho das equipes de resgate.
A tragédia comoveu brasileiros e indonésios, gerando uma grande corrente de solidariedade nas redes. A família agora se mobiliza para a liberação do corpo e os trâmites de traslado ao Brasil.